A modelação em argila chegou à indústria automóvel no final dos anos 20, e se os designers de hoje em dia já têm acesso a programas e ferramentas super avançados, as fabricantes automóveis continuam a recorrer a esta técnica para construir modelos de tamanho real.
E a Ford é uma das que usa e defende este material, garantindo mesmo que permite um nível de cooperação entre a equipa e uma gama de possibilidades sem precedentes. "Os computadores tendem a ser um trabalho de apenas uma pessoa, enquanto que os modelos de argila tendem a ser um trabalho muito mais cooperativo. Todos podem ver e explorar as possibilidades juntos, o que faz com que existam mais hipóteses de desenvolver um modelo bonito", afirmou a marca da oval azul.
E apesar desta técnica ser transversal a quase toda a indústria automóvel, quando se pega no exemplo da marca de Detroit, os números são verdadeiramente impressionantes. A Ford usa cerca de 90 toneladas de argila todos os anos, sendo que esta não é a argila a que estamos habituados. Trata-se de uma combinação de óleos e ceras, e ao contrário do que acontece com a argila usada na cerâmica tradicional, não contém água.
O método da reciclagem é bastante simples. Depois de reunido o material a processar, uma máquina compressa e retira todo o ar, dando origem a pequenos tubos deste material, já compacto, que fica com a consistência adequada para que possa voltar a ser usado.